Home | Novidades Revistas Nossos Livros  Links Amigos

 A Unidade da Idéia de Homem 
 em Diferentes Culturas 

 

 

 

Jean Lauand
(Prof. Titular FEUSP)
jeanlaua@usp.br

 

Começaremos por apresentar brevemente uma característica antropológica, que é uma constante nas tradições sapienciais do Oriente e do Ocidente para, em seguida, contemplarmos - também de modo breve e indicativo - os fundamentos da ética, ponto no qual também, de algum modo, coincidem diversas tradições e línguas.

1. O homem, um ser que esquece

O homem é um ser que esquece! [1]

Se perguntássemos à milenar tradição do pensamento pelos fundamentos filosóficos da Educação, os antigos dar-nos-iam esta sentença - tão simples - para meditar: "O homem é um ser que esquece"!

No Ocidente, já entre os gregos (de Hesíodo a Aristóteles, de Safo a Platão), encontramos constantemente um extraordinário papel dado à memória (por vezes personificada em Mnemosyne), na educação.

Um dos pontos altos dessa tradição dá-se - 500 anos antes de Cristo - com o poeta grego Píndaro. Seu Hino a Zeus - um poema que é, ao mesmo tempo, um tratado de antropologia - parece [2] apresentar todas as características de uma das maiores obras-primas de todos os tempos.

A cena descrita por Píndaro é clara: Zeus resolve intervir no caos. Toda a confusão e deformidade vai, então, dando lugar à harmonia e à ordem: kosmos.

E quando, finalmente, o mundo atinge seu estado de perfeição (estreando a terra, os rios, os animais, o homem...), Zeus oferece um banquete para mostrar aos demais deuses - atônitos ante tanta beleza - a sua criação...

Mas, para surpresa geral, um dos imortais pede a palavra e aponta a Zeus um grave e inesperado defeito: estão faltando criaturas que louvem e reconheçam a grandeza divina desse mundo... pois o homem é um ser que esquece!

O homem, ele que foi agraciado pela divindade com a chama do espírito, o homem, afinal, saiu mal feito, mal acabado, ele tende ao embotamento, à insensibilidade... ao esquecimento!

É a partir dessa constatação - dessa trágica constatação de nossa condição ontológica (também ela, hoje, esquecida...) - que se edifica toda a educação ocidental.

As musas (filhas de Mnemosyne), as artes, são já uma primeira tentativa de Zeus para remediar essa situação: elas foram dadas pela divindade ao homem como companheiras, para ajudá-lo a lembrar-se...

E é por essa mesma razão que os grandes pensadores da tradição ocidental consideravam as descobertas filosóficas, não tanto um deparar-se algo novo ou insólito, mas, precisamente, des-cobertas: trazer à tona algo já visto, já sabido, mas que, por essa entrópica tendência para o esquecimento, não permanecera na consciência.

Assim, a missão profunda da educação não é a de apresentar-nos o novo, mas, algo já experimentado e sabido que, no entanto, permanecia inacessível: precisamente o que se expressa com a palavra lembrar.

Claro que ao afirmar o caráter esquecediço do homem, não estamos dizendo que ele se esqueça de tudo, mas, principalmente - e é até uma constatação de ordem empírica - do essencial.

Pois, na verdade, o homem lembra-se de muitas coisas: naturalmente, ele, "criatura trivial" (como diz Guimarães Rosa), não se esquece da data do depósito bancário, não se esquece de comprar sua revista predileta, da final do campeonato, nem das comezinhas realidades que compõem nosso rotineiro quotidiano. Esquece-se, sim, da sabedoria do coração, do caráter sagrado do mundo e do homem...

Se esse "jeito esquecido de ser" é tido, como dizíamos, no Ocidente, por uma característica básica do ser humano; na tradição oriental, por sua vez, tal consideração é ainda mais radical.

Na língua árabe, desde tempos imemoriais, a própria palavra para designar o ser humano é Insan. A surpreendente profundidade desse vocábulo torna-se manifesta quando dirigimos nossa atenção para seu significado literal: Insan - deriva do verbo nassa/yansa, esquecer -, e significa aquele que esquece.

A agudeza oriental, ao designar o homem por Insan, o esquecente, vê-se confirmada pelo fato de que o próprio falante, em seu dia-a-dia, não se dê conta disso.

Daí a proverbial sentença árabe:

Wa ma sumya al-insan insanan illa linissyanihi

"O Insan (homem/esquecedor) foi chamado de Insan por causa de seu esquecimento".

Naturalmente, há na formulação original, um delicioso jogo de palavras, como se disséssemos em português, com Drummond:

"O imposto chama-se imposto, porque nos é imposto".

Não é de estranhar, pois, que, no Alcorão (20, 50-52), Deus se apresente - em contraposição ao homem - como "Aquele que não esquece". E o mesmo acontece na Bíblia, quando, pelo profeta, o próprio Deus diz: "Pode, acaso, uma mulher se esquecer de sua criança de peito?... Ainda que ela se esquecesse, Eu não me esqueceria de ti" (Is 49,15).

Essa tese antropológica - a de que o homem é essencialmente um esquecente -, apesar de, ela mesma, estar esquecida, é-nos, no fundo, familiar. Não, não precisamos recorrer aos grandes filósofos para afirmá-la: baste-nos uma canção popular, cujo sucesso, ainda ha poucos anos, correu o mundo todo. Refiro-me a Unforgettable de Irving Gordon, que - na interpretação de Nathalie e Nat King Cole - foi a grande vencedora do prêmio Grammy.

Unforgettable  (Irving Gordon, 1951)

Unforgettable, that's what you are

Unforgettable, though near or far

Like a song of love that clings to me

How the thought of you does things to me

Never before has someone been more

Unforgettable, in every way

And for ever more that's how you'll stay

That's why, darling, it's incredible

That someone so unforgettable

Thinks that I am unforgettable too...

Nesta canção, porém, após afirmar categoricamente a inesquecibilidade, a pretensa e pretendida inesquecibilidade (Unforgettable, though near or far... Unforgettable, in every way etc.), o poeta se trai e - através de duas construções adverbiais - acaba reconhecendo a fraqueza e os limites humanos. São os versos em que fala em more unforgettable e so unforgettable, afirmando o caráter relativo de nossa lembrança, que admite gradações, mais e menos e, afinal, não é absoluta.

Só a partir dessa consciência de que o homem é esquecediço, é que se pode edificar, dizíamos, uma educação digna desse nome.

Nesse sentido, os antigos desenvolveram uma pedagogia - hoje esquecida e incompreendida -, a pedagogia do dhikr, a pedagogia do lembrar, a pedagogia baseada na sabedoria do povo, nos provérbios, na memorização, nos gestos, nas festas...

Cabe aqui, então, uma observação sobre a linguagem. Em diversas línguas, o lembrar, o memorizar está associado não já (ou não só...) a um processo intelectual, mas ao coração: saber de memória é, em inglês, by heart; em francês, par coeur; e esquecer-se de alguém, em italiano, é scordarsi, sair do coração...

Lembramos - sabemos de cor - o que está em nosso coração. Tomás de Aquino explica, agudamente, a razão profunda do lembrar e do esquecer: ele faz a ligação entre amar e lembrar: inesquecível é o que amamos! E, assim, comentando o salmo 9 e falando de Deus como o único que não se esquece, diz: Illud quod aliquis cum studio et diligentia facit, non obliviscitur quin illud faciat; Deus autem studiosus est ad salutem hominum: et ideo non obliviscitur (In Ps. 9, 8) ("O que não se esquece é precisamente o que se faz com solicitude e amor [3] . Ora, Deus ama com solicitude o bem do homem; portanto, Ele não o esquece").

E assim, um tanto inesperadamente, a tradição clássica em educação, a pedagogia do lembrar, revela-se também uma pedagogia do amor...

2. "Torna-te o que és"

Voltemo-nos, agora, para o fundamento da ética, para os antigos: o próprio ser do homem. Tal concepção pode resumir-se - também ela - numa memorável sentença de Píndaro: "Torna-te o que és!".

Para além do fazer ou do não fazer (do pode/não pode), o essencial é o ser, a realização: a moral é, para os antigos, como numa palavra resumiu o grande pensador alemão Josef Pieper: selbstverwirklichungsvorgang... um processo de auto-realização, que aponta para o máximo do que se pode ser enquanto homem.

O máximo. Assim, o último grande mestre da tradição ocidental, Tomás de Aquino, no séc XIII, afirma que a verdadeira moral aponta para o ultimum potentiae, o máximo do que se pode ser.

Ultimum potentiae, ser e máximo, ser e excelência: uma constante na grande tradição sapiencial do Ocidente e nas dos Orientes. Ou para traduzir numa única palavra, tristemente esquecida: virtude! Virtude, em latim virtus, em grego areté... Não é por acaso que os tradutores modernos hesitam ao verter para nossas línguas o clássico conceito de areté, pois ele acumula semanticamente os significados de “virtude” e de“excelência”. E é que o grande fim da educação é ser homem plenamente, de verdade: ser e excelência!

A areté, para os gregos, é uma qualidade específica de algo, em grau máximo, superlativo: a areté da semente é germinar e dar frutos, a areté do sal é dar sabor, a areté do goleiro é o reflexo certeiro; um sal insosso não é sal; semente que não germina ou dá mirrado fruto não é semente de verdade; goleiro sem reflexo não é goleiro.

Claro que as qualidades admitem graus e o grau superlativo é precisamente o da areté: a virtude! Vinho de verdade, a areté de vinho, está num requintado Bordeaux e não em qualquer vinhozinho de fundo de quintal...

Areté do vinho, areté do sal, areté do goleiro, muito bem! Mas a situação torna-se problemática, quando, a partir de Píndaro e de Sócrates, vai-se configurando a pergunta decisiva: mas o que é a areté do homem, enquanto tal? Não já a areté do boxeador ou a do corredor ou a do arqueiro... mas a do homem; o homem e ponto! O ser humano simpliciter! Semente que é semente, germina; sal que é sal, salga; homem que é homem... que?

Surgem então inúmeras questões relevantes (questões que, ao que parece, não interessam muito ao “Provão”...): o que é ser homem? o que é a excelência, a virtude? Pode-se ensinar a virtude? Como encaminhar-se para esse ultimum potentiae?

O grande poeta grego Píndaro - 500 anos antes de Cristo - expressou da forma mais sintética possível esse ideal pedagógico numa memorável sentença: Genói hoios essi mathon "Torna-te o que és!" (uma sentença que, à primeira vista, surpeende: como tornar-me o que sou!!?? - Torna-te o que estás chamado a ser!).

Desde então, a filosofia - Platão, Aristóteles, Tomás... - tem se voltado constantemente para essa problemática.

E não só a filosofia, também a grande literatura. Por exemplo, é somente nesse quadro que se pode entender a Comedia de Dante ou o sentido do to be or not to be shakesperiano, que todos conhecem, mas que bem poucos entendem. O que Hamlet quer dizer - com o punhal na mão e hesitando sobre o que fazer ou não fazer - é que a questão decisiva não é fazer ou não fazer, mas se esta ou aquela ação me conduz para a excelência, realização essencial ou, pelo contrário, para a frustração: to be or not to be, that’s the question!

Naturalmente, quando falamos em auto-realização e caminhar para o máximo do que se pode ser, não estamos pensando numa realização alheia à criação das necessárias condições sociais para que isso possa ocorrer. Não! A transformação da sociedade é parte importante desse processo, até no sentido da segunda metade (a menos conhecida...) da famosa sentença de Ortega: "Yo soy yo y mi circunstancia... y si no la salvo a ella no me salvo yo".

Esse núcleo da tradição ocidental, dizíamos, encontra-se também nos Orientes. Para mestre Confúcio - e para a tradição do Extremo Oriente, registrada não só em tratados sapienciais, mas até mesmo enraizada nas línguas – a virtude decisiva é o ser plenamente homem (ren, em chinês / jin, em japonês) e o próprio ideograma indica um homem a dois: a abertura, a generosidade do homem de verdade.

Quando isto não acontece – sobretudo pelo egoísmo e pela injustiça - , temos o fei-ren, um homem que não é homem, não é humano, como plasticamente indica o ideograma da negação e da falsidade, da desestruturação desde dentro, da desagregação, anteposto ao ideograma ren: homem.

Curiosamente essas idéias fundamentais (da excelência, do máximo, do ser ou não ser...) são encontradas também na sabedoria da língua tupi.

Ensinam as gramáticas que o superlativo (portanto o ultimum, o máximo), em tupi, constrói-se pelo sufixo -eté ao termo: assim, p. ex., se yaguar designa diversos animais de cachorro a onça, jaguareté é a “onça máxima”, a mais feroz. Tal como a areté grega, o sufixo -eté significa não só o superlativo, mas também, aquele que é de verdade.

Já o contrário de -eté faz-se com o sufixo -rana, cujo significado, neste contexto, é o de: parecido no sentido de falhado, fracassado, o que parece mas não é. Precisamente o oposto de -eté. Se jaguareté é a onça por excelência, jaguarana é um cãozinho medroso que foge de gato... Ibi-eté é a terra boa e fértil; ibirana, a estéril: parece terra, mas falta-lhe a virtude de terra.

Ora, para o tupi - que usa o sufixo eté como intensivo, superlativo e índice de verdade ontológica - o homem bom moralmente é aba-eté, ou seja, o homem de verdade  ou, no sentido de S. Tomás, simpliciter e ultimum potentiae. Enquanto o homem imoral é aba-ran, pseudo-homem.

O drama fundamental ético-existencial do homem transcende o âmbito da filosofia acadêmica e atinge a arte popular: é apresentado até numa canção de Milton Nascimento, Yauaretê (canção-título do álbum de mesmo nome). Nessa canção, o homem dialoga com a onça yauaretê, pedindo-lhe - a ela que já atingiu o ultimum potentiae de seu ser-onça: yauar-eté - que lhe ensine o correspondente ser-homem.

E aí se retoma todo o problema ético, de Platão a Sartre: o que é verdadeiramente ser homem? Maria, a onça yauaretê, já realizou a plenitude do ser-onça (que, no caso, se resume na "sina de sangrar") e o poeta, entre perplexo e invejoso, pergunta-lhe: O que é ser homem?

Entre outros versos de profunda sintonia com o pensamento clássico, diz a canção: “Senhora do fogo, Maria, Maria / Onça verdadeira me ensina a ser realmente o que sou (...) / Vem contar o que fui, me mostra meu mundo / Quero ser yauaretê / Meu parente, minha gente, cadê a família onde eu nasci? / Cadê meu começo, cadê meu destino e fim? / Pra que eu estou aqui? (...) / Dama de fogo, Maria, Maria / Onça de verdade, quero ter a luz (...) / Me diz quem sou, me diz quem foi / Me ensina a viver meu destino / Me mostra meu mundo / Quem era que eu sou?”

Além disso, é alentador ver que duas obras (em filme ou em livro) de maior êxito entre os jovens, afirmam, em seus momentos cruciais essa grande tradição de pensamento do Ocidente. Em “Harry Potter”, há um momento - especialmente denso - em que Dumbledore dá a chave de toda a obra, retomando Tomás de Aquino e Shakespeare: "It is our choices, Harry, that show us what we truly are, far more than our abilities" - são nossas ações e não nossas capacidades que nos mostram o que realmente somos.

Mencionávamos, há pouco, a célebre sentença de Píndaro que resume os fundamentos clássicos da ética: "Torna-te o que és!". Encontramos uma inesperada prova da força (e da atualidade...) desta sentença no extraordinário êxito alcançado pelo desenho "O Rei Leão". De fato, para além dos modismos e do cuidado estético, a força da fábula do Lion King encontra-se precisamente em seu centro temático, que remete a Píndaro (ao "torna-te" e também à concepção do homem como esquecente...).

De fato, o auge do enredo encontra-se no drama ético. O exilado leãozinho Simba é convidado ao aburguesamento, ao egoísmo e à indiferença, à recusa da estatura moral a que está chamado:

Timon: When the world turns its back on you, you turn your back on the world.

Simba: Well, that's not what I was taught.

Timon: Then maybe you need a new lesson. Repeat after me.

Hakuna Matata.

Simba: {Still lethargic} What?

Pumbaa: Ha-ku-na Ma-ta-ta. It means "No worries."

Timon: Hakuna Matata!

What a wonderful phrase

Pumbaa: Hakuna Matata!

Ain't no passing craze

Timon: It means no worries

For the rest of your days

Both: It's our problem-free... Philosophy

Timon: Hakuna Matata!

Simba: Hakuna matata?

Pumbaa: Yeah, it's our motto.

Quando - pela ausência de Simba-, a situação de opressão torna-se insuportável - o conselheiro Rafiki sai em busca do jovem leão, procurando chamá-lo à responsabilidade, evocando a figura de seu falecido pai: o leão Mufasa. E convida Simba a contemplar a imagem do pai na superfície da água.

Simba: You knew my father?

Rafiki: {Monotone} Correction - I know your father.

Simba: I hate to tell you this, but... he died. A long time ago.

Rafiki: Nope. Wrong again! Ha ha hah! He's alive! And I'll show him to you. You follow old Rafiki, he knows the way. Come on! Look down there.

{Simba quietly and carefully works his way out. He looks over the edge and sees his reflection in a pool of water He first seems a bit startled, perhaps at his own mature appearance, but then realizes what he's looking at.}

Simba: {Disappointed sigh} That's not my father. That's just my reflection.

Rafiki: Noo. Look harder.

{Rafiki motions over the pool. Ripples form, distorting Simba's reflection; they resolve into Mufasa's face. A deep rumbling noise is heard}.

You see, he lives in you.

{Simba is awestruck. The wind picks up. In the air the huge image of Mufasa is forming from the clouds. He appears to be walking from the stars. The image is ghostly at first, but steadily gains color and coherence.}

Mufasa: {Quietly at first} Simba...

Simba: Father?

Mufasa: Simba, you have forgotten me.

Simba: No. How could I?

Para finalizar, a resposta de Mufasa, que articula os dois momentos pindáricos fundamentais: todo um programa de reconstrução moral...

Mufasa: You have forgotten who you are, and so have forgotten me. Look inside yourself, Simba. You are more than what you have become.

Simba: How can I go back? I'm not who I used to be.

{Shot of cloud-Mufasa, with glowing yellow eyes. He is framed in swirling clouds, radiating golden light.}

Mufasa: Remember who you are. You are my son, and the one true king.

{Close up of Simba's face, bathed in the golden light, showing a mixture of awe, fear, and sadness. The image of Mufasa starts to fade.}

Remember who you are.

{Mufasa is disappearing rapidly into clouds. Simba runs into the fields trying to keep up with the image.}

Simba: No. Please! Don't leave me.

Mufasa: Remember...

Simba: Father!

Mufasa: Remember...

Simba: Don't leave me.

Mufasa: Remember...

(Fonte: http://www.lionking.org/~ryan/lionking/text/official/tlkscras.txt)



[1] . A primeira parte deste texto recolhe, com ligeiras modificações, o discurso que fiz como Patrono dos formandos FEUSP-1995; a segunda parte, o discurso que fiz como Paraninfo dos formandos da FEUSP-2001, 8-3-2002. Ao longo desta primeira parte, seguimos os capítulos de Michèle Simondon "Mnémosyne, mère des Muses" in  La Mémoire et l'Oubli dans la Pensée Grecque jusqu'à la fin du Ve. siècle avant J.C., Paris, Société d'édition "Les Belles Lettres", 1982; de Bruno Snell "Pindar's Hymn to Zeus" in The Discovery of the Mind - The Greek Origins of European Thought, Cambridge, Harvard Univ. Press, 1953; e, sobretudo, de J. Pieper Nur der Liebende singt, Schwabenverlag, 1988, p.35 e ss.

[2] . O poema só fragmentariamente chegou a nós...

[3] . Nesse sentido, note-se que nas canções de amor em inglês, o primeiro sinônimo para to love é to care.