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A Palavra "Filosofia"

 

Mario Bruno Sproviero

 

     A palavra que hoje universalmente designa este saber que é a filosofia, é de cunho grego: philosophia "amor à sabedoria". Atribui-se a Pitágoras a composição do nome. Para este tema é essencial considerar os textos de Cícero e de Diógenes Laércio, ambos citando Heráclides Pôntico, discípulo de Platão. Por outro lado, é interessante aprofundar-se no processo de transição do que se chamava sabedoria para o que se veio a designar por filosofia. Após a tradução de alguns textos, teceremos alguns comentários sucintos.

 

Cícero

 

     Cícero nasceu em Arpino no Lácio, em 106 a.C. A obra que citamos: Tusculanarum Disputationum (Discussões de Túsculo), foi completada provavelmente em 44 a.C., ano da morte de César. A especulação filosófica de Cícero, sexagenário, foi motivada não só pela maturidade intelectual do pensador como também pela particular situação em que se encontrava: além da morte da filha que o atingira profundamente, deveu-se à ditadura de César que o afastou completamente da atividade política. Morreu assassinado pela guarda pessoal de Marco Antônio em 7 de dezembro de 44 a.C., em sua residência de Fôrmia.

     Cícero foi grande filósofo além de grande orador. Havia feito um profundo estudo da filosofia grega e de sua literatura: percorreu na Grécia todos os centros intelectuais. Foi ardoroso admirador dos filósofos gregos, principalmente de Platão(1).

     Foi o primeiro dos latinos - ele mesmo se gloria disto - que expôs em língua latina todas as doutrinas dos filósofos de Atenas. Aprendeu dos Gregos não só através dos livros - e dispunha de obras que depois foram perdidas - mas em suas escolas: suas obras filosóficas constituem o repertório mais completo e sólido, o compêndio mais abrangente de todos os sistemas da filosofia grega. É curioso que, a partir de certo momento da filosofia moderna(2), tenha sido, juntamente com os autores latinos, quase que excluído do estudo da filosofia: há um verdadeiro preconceito anti-romano(3). Ainda até Kant, Cícero é considerado uma autoridade fundamental; depois, houve a tendência a reduzir a filosofia aos gregos e alemães. Mesmo para os que - e é um fato incrível! - não o consideram filósofo, constitui grave erro metodológico estudar a filosofia grega ignorando seu testemunho: a própria discussão do significado de filosofia - de que nos ocuparemos a seguir - constitui prova cabal da necessidade de recorrer ao legado de Cícero.

     Passemos então ao texto - decisivo como uma fonte primária - para a compreensão originária do significado da atribuição do nome filosofia.

 

Texto de Cícero (Tusculanarum Disputationum, livro V, III).

 

A filosofia remonta, como todos sabem, aos tempos mais antigos, apenas sua denominação é que é recente. Quem, pois, negaria que não só a sabedoria, bem como seu próprio nome, sejam coisas antigas? Este sublime nome junto aos antigos destacava sua aspiração ao conhecimento das coisas humanas e divinas, e das causas de todas as coisas. Assim aqueles sete que os gregos chamaram sophoí(4) e nós, os romanos, reconhecendo-lhes o mérito, chamamos Sapientes, e muitos séculos antes, aquele notável Licurgo(5)- tendo vivido na época de Homero, e portanto anterior à fundação de Roma, ou talvez ainda anteriormente, na idade heróica de Ulisses e de Nestor - foram tradicionalmente tidos por sábios. Na verdade, nomes como Atlas sustentando a abóbada celeste, Prometeu encravado no Cáucaso, Cefeu(6) elevado às estrelas com mulher, genro e filha, são enganosas fabulações com nomes de homens dotados de divinos conhecimentos sobre o céu(7). Em seguida todos aqueles que seguindo a estes, dedicavam-se acuradamente à contemplação das coisas, foram considerados e chamados sábios, nome que continuou a usar-se até os tempos de Pitágoras. O doutíssimo discípulo de Platão, Heráclides Pontico(8), narra que levaram a Fliunte(9) alguém que discorreu douta e extensamente com Leonte(10), príncipe dos fliúncios. Como seu engenho e eloqüência tivessem sido apreciados por Leonte, este perguntou-lhe que arte professasse, ao que ele respondeu que não conhecia nenhuma arte especial, mas que era filósofo. Admirado Leonte diante da novidade daquele termo, perguntou que tipo de pessoas eram os filósofos e o quê os distinguia dos outros homens. Pitágoras respondeu então que a vida humana, segundo ele a via, era comparável a uma daquelas panegírias em que se realizavam esplêndidos jogos, com o afluxo de celebridades de toda a Grécia: alguns ambicionavam, depois de intensos exercícios físicos, à glória e nobreza de uma coroa; outros eram atraídos por motivos de ganho em transações comerciais; havia, porém, também algumas pessoas que, pelo contrário, não visavam nem aplausos nem ganhos, que haviam lá chegado tão somente para serem espectadores e contemplarem o espetáculo em sua natureza e execução. Outrossim, os homens que a esta vida chegam após outra existência de diversa natureza, comparam-se com os que vão da cidade a uma festa popular: alguns vão em busca de glória enquanto outros de ganho, restando, todavia, alguns poucos que desconsiderando completamente as outras atividades, investigam com afinco a natureza das coisas: estes dizem-se investigadores da sabedoria - quer dizer filósofos - e como é bem mais nobre ser espectador desinteressado, também na vida a investigação e o conhecimento da natureza das coisas estão acima de qualquer outra atividade.

 

Diógenes Laércio

 

     No famoso escritor Diógenes Laércio, do qual não se sabe nada de sua vida, nem onde e quando nasceu, apenas é possível dizer que viveu na metade do III século d.C., encontramos em sua obra: Vida dos Filósofos, dois trechos referentes ao mesmo assunto.

Primeiro Texto (Proêmio, 12).

 

O que tratamos até agora refere-se à invenção da filosofia. Quanto a seu nome, foi Pitágoras o primeiro a usar o termo filosofia como também a chamar-se filósofo. Como atesta Heráclides Pôntico em sua obra: Sobre a Mulher Esvaecida (frag. 87 Wehrli), foram estas as palavras de Pitágoras ao discorrer em Sicione com Leonte, tirano dos siciônios ou dos fliúncios: "Ninguém pode dizer-se sábio a não ser Deus". Anteriormente usava-se o termo sabedoria e era considerado sábio quem a professava e destacava-se no cultivo consumado da alma; filósofo era então o que acolhe a sabedoria. Os sábios chamavam-se também sofistas; e não só os sábios, mas também os poetas.

 

Segundo Texto (Livro VIII, 8)

 

Sosícrates em sua obra: A Sucessão dos Filósofos (fr. 17 Müller), diz que Pitágoras foi interpelado por Leonte, tirano de Fliunte: "Que és?" E a resposta de Pitágoras foi: "Filósofo!". Pitágoras costumava comparar a vida a uma panegíria: nesta alguns participam como lutadores, outros como comerciantes, e outros ainda - os melhores! - como espectadores; assim é também na vida: alguns nascem escravos da glória; outros são caçadores do ganho; outros por fim, os filósofos, são ávidos da verdade.

 

Comentários

 

1- A figura de Pitágoras é historicamente bastante problemática. Representa um ideal do qual estamos distantes, qual seja, o da união entre ciência, filosofia e religião. Interessante, porém, é destacar como a moderna historiografia da filosofia, principalmente a alemã, diminui o alcance desta figura. Curiosamente a apreciação dos filósofos gregos na época greco-romana é oposta à dos tempos modernos. Que autor teve na época helenística tantas biografias quanto Pitágoras? Figuras como as de Heráclito e Demócrito - tão exaltadas pela historiografia alemã - eram desprezadas na Antigüidade. Por exemplo, o comentário de Timeu - junto ao fragmento 81 de Heráclito:

 

Entre outros, Timeu chamou charlatanice à técnica de falar capciosamente, escrevendo assim: "Fica, pois, claramente estabelecido que Pitágoras não é o inventor de trapaças: a respeito da verdade, ainda quando seja acusado por Heráclito: este é, ele mesmo, um impostor. (Scholia in Euripidis Hecobeu 131 ).

     Mas o argumento mais importante é o de que os historiadores não considerem que Platão, depois de sua viagem à Itália(11) decidiu abrir uma escola e, claramente, nos moldes pitagóricos. Assim seria preciso perguntar qual das escolas dos pré-socráticos se assemelha, mesmo que longinquamente, à Academia em sua organização. Antes da Academia só houve uma única escola verdadeira, a pitagórica: a Academia colocou-se como herdeira depois das tentativas falidas em Tebas e Fliunte. A falsificação deste dado é uma das maiores mistificações da história da filosofia. Na Academia não poderia entrar o ageométretos (aquele que ignora a geometria), o que era bem distante do espírito de Sócrates, e era a própria essência do pitagorismo. Todas as outras escolas posteriores foram organizadas segundo o modelo da Academia: o Liceu, a Stoa, a Alexandrina, e através da Idade Média, a nossa tradição universitária(12).

2 - A primeira coisa que nos chama a atenção no texto de Cícero é que a filosofia enquanto atividade remonta aos tempos mais antigos. É claro que sendo uma atividade segunda, uma reflexão radical sobre a vida e suas circunstâncias, é inseparável do homem: certamente não em todos os momentos de sua existência - principalmente nas situações limites -, não de modo sistemático, muito menos por escrito, mas própria do homem em sua situação existencial. A filosofia como atividade cultural, sistemática, "profissional", é bem posterior: tem seu início, tem sua história. Não deixa de ser significativo e relevante a cunhagem do nome. Não encontramos equivalente deste nome em nenhuma outra cultura, embora sim sejam freqüentes termos equivalentes a 'sabedoria' e 'sábio'.

     Também a sabedoria entendida como saber bem viver, saber bem ordenar, saber bem governar, é própria do homem; no entanto, o termo "sabedoria", a exaltação cultural da sabedoria é historicamente condicionada. Justamente a chamada época axial (Jaspers), que media aproximadamente entre os séculos VII e III a.C., é por excelência a época da sabedoria: as sociedades humanas são sempre mais complexas, começam os impérios com sua idéia fundamental de unidade do homem; a organização política da sociedade é sempre mais problemática. Não é por acaso que surgem nessa época grandes revoluções religiosas: Zoroastro na Pérsia, Buda na Índia, Confúcio e Laozi na China, os profetas em Israel, Pitágoras na Grécia etc. Eram sábios os políticos, os organizadores da pólis: os sete sábios, o rei Salomão. Também a reação contra essa complexificação da sociedade leva a grandes contestações, por exemplo: o Eclesiastes e Laozi na China: a sabedoria é vaidade, pelo menos a sabedoria humana. Surge o contraste com a sabedoria divina.

     Independentemente do caráter de humildade perante o saber, o que vai diferenciar a sabedoria da filosofia é que a primeira nunca perde seu caráter prático: o saber, a verdade é fundamental para a vida, para o bem, para a Salvação. A primeira sentença de Confúcio nos Analetos diz claramente que o saber se realiza apenas quando se o coloca em prática: Laozi no segundo capítulo de seu livro recusa formalmente o saber pelo saber, o pensar pelo pensar: o pensamento não deve abstrair da realidade: só o pensamento concreto, fora o pensamento abstrato(13).

     A contemplação do saber pelo saber, o chamado pensamento teórico, a teoria, é próprio desta passagem. Acrescente-se a isso o conceito de lei, comum ao homem e à natureza, e teremos outra característica distintiva, que culmina no conceito de lógica como a determinação das leis do pensamento, diferente da retórica e da gramática, estas sim comuns a outras culturas.

3- O segundo aspecto que notamos no texto de Cícero é que Pitágoras, já no início da história da filosofia, disse que não professava nenhuma arte em particular, não era especialista em nada, ou que era especialista em generalidades, como até hoje depreciativamente se diz. A polimatia (o saber vasto e variado) de Pitágoras já havia sido criticada por Heráclito: "A polimatia não ensina a ter compreensão. Daí que a tivessem ensinado Hesíodo, Pitágoras, Xenófanes e Hecateu" (Her. frag. 40). No entanto, a filosofia é necessariamente polimatia, como afirma Whitehead: Philosophy asks the simple question: 'What is it all about?' e busca 'to conceive a complete fact'.

4- Também a humildade do filósofo é salientada. Os que se chamavam sábios haviam se transformado em mercadores do saber. Este aspecto está bem mais saliente no primeiro trecho de Diógenes Laércio: "Ninguém é sábio senão só Deus". Não sabemos nada da vida de Diógenes Laércio; apesar de já estarmos na era cristã não há traços de cristianismo e nem mesmo de neoplatonismo em sua obra. Porém, era um tema fundamental da época, como se pode ver em 1 Co 1, 17-25; 3, 18-20. No entanto, não deixa de ser irônico constatar que posteriormente a filosofia - tanto em seu ciclo greco-romano (de Platão a Plotino) quanto moderno (de Descartes a Hegel e Nietzsche e epígonos) - pautou-se sempre por uma recusa completa de qualquer sabedoria divina: a filosofia pretende ser a sabedoria exclusivamente humana enquanto o forjador da palavra aponta ao amor que se deve à sabedoria divina. Trata-se, portanto, de algo mais do que a humildade de quem sabe que ignora: é a busca ardorosa do amante.

5- À comparação da filosofia à vida e desta ao teatro é também muito sugestiva. A panegíria entre os gregos era uma grande assembléia festiva, era um mercado em que havia espetáculo e comércio. O teatro é o lugar da visão: deveríamos aprender a ver, a contemplar.

     Nesse sentido, o ativo filósofo contemporâneo octogenário, Julián Marías, em artigo recente, "Jerusalém" ("O Estado de S. Paulo", 10\5\98), em que descreve um symposion de intelectuais naquela cidade, diz: "Eu me atreveria a fazer objeções a alguns companheiros dessa reunião que sabiam demais, haviam acumulado imensa e seleta erudição, análises de textos e comentários, talvez em detrimento de algumas horas de mero pensamento, de esforço para se pôr diante da realidade e ‘ver’".

     Ora, o teatro grego que, como atividade social institucionalizada, precede a filosofia, havia chegado a um impasse: o drama, isto é, a ação humana quando livre e abandonada apenas a suas próprias forças, é trágica, isto é, leva à sua ruína. É neste momento que começa a se institucionalizar a filosofia. Daí que ao lado do tradicional estabelecimento da admiração como princípio do filosofar (a admiração diante da existência, como um efeito do qual não se conhece a causa), deve-se afirmar outra causa fundante da filosofia: a tragicidade da vida: é preferível atuar na vida como espectador e não como protagonista. É um retirar-se da vida para porém observar a própria vida, ou talvez, antes de viver, observar; antes de agir, contemplar. Admiração exprime a vaga percepção do mundo como criado e a concomitante procura do Criador; a contemplação da tragicidade da vida revela sua situação existencial, de criatura feita ex nihilo.

6- O último aspecto que notamos é o amor. Algo que esteve sempre ausente do que se entende por filosofia em sentido estreito. Como nos disse Julián Marías(14), é no cristianismo que se dá interpretação pessoal da existência, a interpretação pessoal de Deus, em que Deus é Amor. Não deixa de ser significativo que no próprio batismo da filosofia, quando ela recebe o nome, apareça a palavra amor. Ortega ao especular sobre o que é a filosofia, faz notar que sua pretensão tem sido a de ser "amor ao saber, mas que, mais profundamente, deveria ser o "saber do amor". Com o que exprime um profundo anseio do ser humano. No entanto, a filosofia moderna move-se em sentido oposto ao cristianismo, sendo um dos principais fatores da descristianização global. Para realizar este desiderato será necessário desenvolver em todas as suas dimensões a interpretação pessoal da existência: é pelo amor que se chega à verdade.

     Em sua forma filosófica, a tese personalista pode ser assim formulada: "O ser é pessoal e tudo aquilo que não é pessoal no ser recai na produtividade da pessoa"(15).

 


1. Eis um exemplo desta admiração: "Além de tudo, não vejo razão que de per si impeça considerar verdadeira a teoria de Pitágoras e de Platão. Admitamos até que Platão não tivesse aduzido nenhuma prova de suas afirmações: tão somente a sua autoridade - e daí entendes quão grande seja minha admiração por ele - seria suficiente para acabar com qualquer resistência de minha parte" (Tusc. Disp. I,21).

2. Trata-se do conhecido repúdio a tudo que é latino por parte da cultura protestante...

3. Veja-se a respeito a obra de Vincenzo Capparelli, que examina exaustivamente esse preconceito, mostrando inclusive que chega a atingir o próprio Pitágoras, como filosofia "itálica".

4. Os sete sábios eram homens que meditavam os dizeres dos templos donde extraíam a doutrina dos costumes. Também meditavam sobre o homem e a natureza, mas principalmente sobre como reger e governar a sociedade humana, sempre mais complexa. Nesse sentido, um modelo desse tipo de sabedoria é Salomão, o rei sábio. A maior parte dos sete sábios foram homens de Estado: Quílon, êforo de Esparta; Bías, magistrado da Jônia; Pítaco, ditador de Lesbos; Cleóbulo, tirano de Londo; Periandro de Corinto; Sólon de Atenas e Tales de Mileto. Em outras enumerações aparecem Míson, Anacorsi, Epimênides no lugar de Quílon, Cleóbulo e Periandro. São conhecidas suas máximas: Sólon: "Conhece-te a ti mesmo"; Quílon: "Contemple o fim de uma longa vida"; Pítaco: "Conhece a ocasião oportuna"; Bías: "O que é em excesso é mau"; Periandro: "Tudo é possível para quem empreende"; Cleóbulo: "Nada melhor do que moderação"; Tales: "Prometa quando o perigo for iminente". Para aprofundamento, consultar: Plutarco: O banquete dos sete sábios.

5. Licurgo foi o legislador de Esparta.

6. Cefeu foi um rei mítico da Etiópia. Pai de Andrômeda de Cassiopéia, que se casou com Perseu.

7. Exemplo de evemerismo, ou seja, explicação do culto das divindades pela apoteose dos heróis. Os deuses seriam homens divinizados. Atribui-se a Evemerus (Euhemerus, Euemerus), ca. 300 a.C. Foi um mitógrafo grego, conhecido pela sua História Sagrada, um romance filosófico. Sistematizou um método de interpretar os mitos populares, afirmando que os deuses da mitologia popular haviam sido originalmente heróis e conquistadores.

8. Foi discípulo de Platão, Espeusipo e Aristóteles, mas bastante influenciado pela doutrina pitagórica.

9. Fliunte era uma cidade do Peloponeso, onde havia um círculo pitagórico. É significativamente citada logo no início do Fédon de Platão, onde se situa este importante diálogo platônico sobre a imortalidade da alma.

10. Leonte era tirano de Sicione e Fliunte.

11. Uma espécie de Italienische Reise para Platão.

12. Cf. Vincenzo Capperelli - Il Messaggio di Pitagora, vol.1. Edizioni Mediterranee, Roma, 1990, p.309.

13. Hoje é prática e teoricamente impossível pensar concretamente. Concreto vem de concretus, con + crescere, crescer junto. Pensar concretamente seria pensar tudo junto, tudo confuso; para pensarmos devemos tudo distinguir para depois unir abstratamente.

14. Cfr. entrevista publicada nesta edição.

15. Luigi Stefanini Personalismo Sociale. edizioni Studium - Roma, 1979, p.7.

 

Bibliografia

1. Cicerone, Le Discussioni di Tuscolo, 2 vol. Zanichelli, Bologna, 1990

2. Diogene Laerzio - Vite dei Filosofi. TEA, Roma - Bari, 1991

3. Bruno Snell - La Cultura Greca e le Origini del Pensiero Europeo- Einaudi, 1963.

4. Vincenzo Capparelli - Il Messaggio di Pitagora, 2 vol. Edizioni Mediterranee, 1990.

5. Karl Jaspers Vom Ursprung und Ziel der Geschichte, Piper Verlag, München, 1966.

6. Plutarco - Il Simposio dei Sette Sapienti- Sellereo editore, Palermo 1989.